O bruxismo o aparelho é uma das abordagens mais eficazes para proteger dentes e articulações dos efeitos do ranger e apertar involuntário dos dentes. O bruxismo é um distúrbio neuromuscular caracterizado por contrações involuntárias dos músculos da mastigação, podendo ocorrer durante o sono (bruxismo do sono) ou em vigília (bruxismo diurno).
Durante os episódios, há atividade muscular intensa na mandíbula, que pode gerar desgaste dentário, dor facial, tensão cervical e até distúrbios na articulação temporomandibular (ATM). Embora o estresse seja um fator importante, a ciência mostra que o bruxismo tem origem multifatorial, envolvendo componentes neurológicos, psicológicos e fisiológicos, muitas vezes associados a distúrbios do sono como a apneia obstrutiva.
Por isso, entender como o aparelho atua é essencial para controlar os sintomas, proteger as estruturas dentárias e promover uma melhora real na qualidade de vida.
Quais são as consequências do bruxismo para a saúde bucal e geral?
O bruxismo não é apenas um hábito incômodo; é um distúrbio que pode gerar danos estruturais e funcionais significativos. O apertamento prolongado pode causar:
- Desgaste e fraturas dentárias;
- Dores musculares e rigidez mandibular;
- Sensibilidade dentária e retração gengival;
- Zumbido ou dor no ouvido;
- Distúrbios do sono e fadiga diurna.
Quando o bruxismo não é tratado, ele pode evoluir para uma disfunção temporomandibular (DTM), uma condição dolorosa que afeta a mastigação, fala e até o bem-estar emocional do paciente.
Bruxismo o aparelho: como ele atua no tratamento?
O bruxismo o aparelho — também chamado de placa miorrelaxante ou oclusal — tem a função de proteger os dentes e reduzir a tensão muscular. Ele cria uma barreira física entre as arcadas dentárias, distribuindo melhor as forças e evitando o contato direto entre os dentes.
Além disso, o aparelho ajuda a reeducar a musculatura mastigatória, reduzindo a hiperatividade dos músculos envolvidos no apertamento. Dessa forma, alivia dores e previne desgastes.
Vale ressaltar que o aparelho não cura o bruxismo, mas é eficaz no controle dos sintomas e na proteção das estruturas bucais. O tratamento ideal inclui também o manejo de fatores emocionais e de sono que contribuem para o distúrbio.
Quais são os tipos de aparelho para tratar o bruxismo?
Existem diferentes modelos de aparelho, e a escolha depende das necessidades clínicas do paciente, do tipo de bruxismo e da presença de sintomas associados.
1. Placa rígida acrílica (placa miorrelaxante)
É a mais indicada e estudada. Confeccionada sob medida, cobre toda a arcada e permite ajustes precisos. Promove relaxamento muscular e protege dentes e articulações.
Estudos da American Academy of Sleep Medicine (AASM, 2021) mostram que esse tipo de aparelho reduz significativamente a dor e a atividade muscular noturna.
2. Placa macia (silicone ou EVA)
Mais confortável, mas menos durável. Pode ser usada de forma temporária, porém, em alguns casos, estimula o apertamento, pois o cérebro interpreta o material como algo mastigável.
3. Placa híbrida
Combina uma base rígida externa e uma camada interna macia. Ideal para pacientes que sentem desconforto com a placa acrílica pura, mantendo boa eficácia terapêutica.
4. Aparelhos de avanço mandibular
Usados principalmente em casos de bruxismo associado à apneia do sono, esses dispositivos avançam a mandíbula e mantêm as vias aéreas superiores abertas, melhorando a respiração e reduzindo tanto o ronco quanto o ranger dos dentes.
Bruxismo e apneia do sono estão relacionados?
Sim. O bruxismo do sono e a apneia obstrutiva do sono (AOS) frequentemente coexistem. Durante um episódio de apneia, ocorre uma interrupção temporária da respiração, o que estimula o cérebro a reativar a musculatura da mandíbula para restabelecer o fluxo de ar.
Essa resposta involuntária gera episódios de apertamento e ranger. Pesquisas no Journal of Dental Sleep Medicine (2020) mostram que até 50% dos pacientes com apneia apresentam sinais de bruxismo.
Nesses casos, o bruxismo o aparelho de avanço mandibular pode ser uma excelente alternativa, ajudando tanto a reduzir os eventos respiratórios quanto os movimentos mandibulares excessivos.
O bruxismo o aparelho realmente funciona?
Sim, mas seu papel é controlar os efeitos e não eliminar a causa. Ele reduz a dor muscular, protege os dentes e melhora a qualidade do sono, mas deve ser parte de uma estratégia integrada de tratamento.
De acordo com estudos publicados no Sleep Medicine Reviews (2020):
- O uso regular de placas miorrelaxantes diminui a dor facial e cervical;
- Reduz o desgaste dentário e protege a ATM;
- Melhora a percepção de descanso e qualidade do sono.
O acompanhamento profissional é essencial para garantir que o aparelho esteja corretamente ajustado e adaptado à anatomia do paciente.
Como é feito o diagnóstico antes de usar o aparelho?
O diagnóstico do bruxismo deve ser clínico e, em alguns casos, complementado por exames. O profissional avalia:
- Desgaste e mobilidade dentária;
- Dores musculares e articulares;
- Histórico de estresse e hábitos diurnos;
- Padrão de mordida e oclusão;
- Exames de sono, como polissonografia domiciliar, quando há suspeita de apneia.
Com base nessas informações, o dentista confecciona o bruxismo o aparelho sob medida, garantindo conforto, estabilidade e eficácia.
Quais são os riscos do uso incorreto do aparelho?
O uso inadequado, especialmente de modelos vendidos sem orientação, pode causar problemas sérios como:
- Alterações na mordida;
- Dor na articulação temporomandibular;
- Desalinhamento dentário;
- Agravamento da apneia, se houver.
O acompanhamento odontológico periódico é indispensável para evitar complicações e ajustar o aparelho conforme as necessidades do paciente.
Há hábitos que podem potencializar os resultados do tratamento?
Sim. O sucesso do bruxismo o aparelho depende também de mudanças comportamentais e de estilo de vida:
- Evitar cafeína, álcool e nicotina, especialmente à noite;
- Praticar técnicas de relaxamento e respiração;
- Manter boa higiene do sono;
- Fazer alongamentos faciais e cervicais;
- Controlar o estresse e a ansiedade com apoio psicológico, se necessário.
Essas medidas reduzem a frequência e a intensidade dos episódios de bruxismo, aumentando a eficácia do aparelho.
O que a ciência diz sobre o uso prolongado?
Segundo uma revisão do Journal of Oral Rehabilitation (2021), o uso prolongado do bruxismo o aparelho é seguro e eficaz quando monitorado adequadamente.
Os principais benefícios observados foram:
- Redução contínua da dor e tensão muscular;
- Prevenção de danos dentários progressivos;
- Melhora da função mastigatória;
- Ausência de alterações oclusais significativas.
Contudo, a interrupção sem acompanhamento pode levar à recidiva dos sintomas, especialmente em pessoas com predisposição emocional ou distúrbios do sono associados.
O que considerar antes de escolher o tipo de aparelho?
Antes de iniciar o tratamento, o paciente deve conversar com o profissional sobre:
- Tipo de bruxismo (sono ou vigília);
- Presença de DTM ou apneia;
- Preferência por materiais e conforto;
- Possibilidade de terapias complementares;
- Frequência de acompanhamento.
A escolha correta e o ajuste individualizado garantem eficiência, conforto e segurança no uso do aparelho.
Conclusão: o diagnóstico é o primeiro passo para o sucesso
O bruxismo o aparelho é um recurso terapêutico essencial para proteger dentes, aliviar dores e melhorar a função mandibular. No entanto, ele deve fazer parte de um tratamento multidisciplinar, que inclua avaliação odontológica, controle emocional e análise dos padrões de sono.
Tratar o bruxismo é mais do que proteger os dentes — é restaurar o equilíbrio do corpo e da mente. O diagnóstico correto e o uso adequado do aparelho são o caminho para noites mais tranquilas e uma vida sem dor.
FAQs
Não. Ele controla os sintomas e protege os dentes, mas o tratamento das causas deve ser contínuo.
Não é recomendado. Aparelhos genéricos podem causar mais danos do que benefícios.
Sim, em alguns casos, especialmente quando é do tipo avanço mandibular.
Sim. O uso contínuo é necessário para proteção e alívio dos sintomas.
Em média, de 2 a 5 anos, dependendo do material e dos cuidados do paciente.
Referências
Ramar K, et al. Mandibular Advancement Devices and Sleep Apnea: Systematic Review and Meta-Analysis. Journal of Dental Sleep Medicine. 2020.
American Academy of Sleep Medicine (AASM). Clinical Practice Guideline for the Treatment of Sleep Bruxism. 2021.
Lavigne GJ, et al. Sleep Bruxism: Definition, Diagnosis, and Management. Sleep Medicine Reviews. 2020.
Klasser GD, Greene CS. The Changing Role of Occlusal Appliances in Managing Bruxism. Journal of Oral Rehabilitation. 2021.
Okeson JP. Management of Temporomandibular Disorders and Occlusion. 8th ed. Elsevier, 2020.
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