Muitas pessoas convivem por anos com o ronco achando que é apenas um incômodo sonoro. Mas, ao buscar ajuda, surge a dúvida: Tratamento para Ronco e Apneia realmente funciona?
A resposta, com base na literatura médica, é sim — mas depende de identificar corretamente a causa e escolher a terapia adequada. O ronco não é apenas barulho; ele indica uma obstrução parcial das vias aéreas que pode evoluir para Apneia do Sono.
Por isso, antes de falar em tratamento, precisamos entender o que está acontecendo dentro do corpo.
O que causa o ronco e por que ele pode ser perigoso?
O ronco ocorre quando o fluxo de ar encontra resistência ao passar por tecidos relaxados na garganta, especialmente palato mole, úvula e língua. Essa vibração produz o som característico.
Por que o ronco acontece durante o sono?
Durante o sono, os músculos da via aérea superior relaxam. Em algumas pessoas, esse relaxamento é excessivo, estreitando a passagem do ar. Quanto mais estreita, maior a vibração — e mais intenso o ronco.
Quando o ronco vira Apneia do Sono?
Se o estreitamento evolui para colapso total ou quase total, ocorre a apneia: pausas respiratórias que duram mais de 10 segundos.
O corpo percebe a queda de oxigênio e desperta repetidamente para restabelecer o fluxo de ar.
Esse ciclo fragmenta o sono sem que a pessoa perceba.
Como o ronco e a apneia afetam o sistema cardiovascular?
O impacto cardiovascular é um dos pontos mais estudados.
A cada episódio de apneia, ocorre:
- queda de saturação de oxigênio,
- aumento da pressão intratorácica,
- liberação de adrenalina e cortisol,
- elevação da frequência cardíaca,
- sobrecarga vascular.
Com o tempo, isso contribui para:
- hipertensão arterial resistente,
- arritmias,
- aumento do risco de infarto,
- maior probabilidade de AVC.
A American Heart Association considera a apneia um fator de risco independente para doenças cardíacas.
Quais são as consequências metabólicas e sistêmicas do ronco e da apneia?
Além do impacto cardíaco, há efeitos profundos no metabolismo e no funcionamento geral do organismo.
Como o ronco afeta o metabolismo?
A fragmentação do sono altera a produção de hormônios reguladores da fome, como leptina e grelina. Isso aumenta o apetite por carboidratos e facilita o ganho de peso, criando um ciclo que agrava ainda mais o ronco.
Consequências sistêmicas do ronco não tratado
Pacientes com ronco crônico e apneia podem apresentar:
- perda de memória e atenção,
- irritabilidade,
- cansaço diurno,
- déficit imunológico,
- aumento do risco de diabetes tipo 2,
- inflamação sistêmica.
Ou seja, o ronco não é apenas um “detalhe do sono” — é um marcador de desequilíbrio sistêmico.
Quais são os tratamentos e eles realmente funcionam?
Sim. Mas a eficácia depende de combinar diagnóstico preciso com terapias baseadas em evidências.
O CPAP funciona?
Sim. O CPAP mantém a via aérea aberta com pressão positiva contínua.
É considerado padrão-ouro na apneia moderada e grave.
O desafio não é a eficácia, mas a adesão — muitos pacientes abandonam por desconforto, ruído ou dificuldade de adaptação.
O Aparelho Intraoral funciona?
Sim, e é uma das terapias mais estudadas como alternativa ao CPAP.
Ele avança levemente a mandíbula, ampliando o espaço da via aérea e reduzindo colapsos.
Evidências mostram:
- redução de até 50–80% nos eventos respiratórios em apneia leve a moderada,
- excelente adesão por ser confortável e fácil de usar,
- melhora significativa do ronco simples.
É reconhecido pela American Academy of Sleep Medicine como tratamento eficaz.
Perda de peso realmente melhora o ronco?
Sim, especialmente em pacientes que acumulam gordura cervical.
A redução de 10% no peso corporal pode diminuir eventos de apneia em até 30%.
Cirurgias funcionam?
Dependem do caso.
Cirurgias como uvulopalatofaringoplastia (UPFP) e septoplastia são indicadas em obstruções anatômicas específicas.
Não são primeira escolha para apneia, mas podem complementar outras terapias.
Mudanças de hábito realmente ajudam?
Sim — e muito.
Medidas como dormir de lado, evitar álcool à noite, tratar alergias e melhorar a higiene do sono reduzem a resistência das vias aéreas.
Então, o Tratamento para ronco e apneia realmente funciona?
Sim.
Mas funciona melhor quando:
- O diagnóstico é preciso (idealmente com polissonografia).
- A causa é identificada (anatomia, peso, posição, apneia etc.).
- O tratamento é personalizado, combinando aparelhos, mudanças de hábito e acompanhamento profissional.
Ronco não é algo para “tolerar” — é algo para tratar com cuidado.
FAQs — Tratamento para ronco e apneia realmente funciona
Sim, especialmente com aparelho intraoral e mudança de hábitos.
Para a maioria dos casos, sim.
Sim, especialmente com Aparelho Intraoral ou CPAP.
Sim — alternativas como o Aparelho Intraoral têm alta eficácia.
Funciona muito bem quando o tratamento é individualizado e baseado em diagnóstico.
Conclusão: por que tratar o ronco é essencial?
O ronco e a apneia não são apenas incômodos — são sinais de que a respiração está sendo comprometida durante o sono. Tratar esse problema melhora não só a qualidade do descanso, mas também a saúde cardiovascular, metabólica e emocional.
Quando o paciente entende a causa e escolhe a terapia adequada, o tratamento para ronco e apneia funciona — e transforma vidas. Se houver suspeita de apneia, o passo mais importante é buscar diagnóstico e acompanhamento especializado, garantindo um sono realmente restaurador.
Referências internacionais
- American Academy of Sleep Medicine (AASM)
https://aasm.org/ - National Institutes of Health – Sleep Apnea
https://www.nhlbi.nih.gov/health-topics/sleep-apnea - PubMed – Snoring and Sleep Apnea Research
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/ - American Heart Association – Cardiovascular Risks
https://www.heart.org/ - Cleveland Clinic – Sleep Disorders
https://my.clevelandclinic.org
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