Ronco pode afastar o casal? Dormir ao lado de quem ronca pode ser um desafio — e não apenas pelo barulho.
O ronco, além de ser incômodo, é um distúrbio respiratório sério que pode colocar em risco a saúde e até o relacionamento do casal.
Muitos parceiros acabam dormindo em quartos separados para conseguir descansar. Esse afastamento físico pode gerar distância emocional, prejudicando a convivência e a intimidade.
Mas será que precisa ser assim?
Neste post, vamos entender por que o ronco afasta o casal, como ele pode indicar um problema de saúde e o que fazer para tratar a causa e voltar a dormir bem juntos.
Por que o ronco causa tantos conflitos entre casais?
O impacto do som na convivência noturna
O ronco não é apenas um ruído. Ele pode:
- Interromper o sono do parceiro várias vezes durante a noite;
- Gerar irritação e estresse;
- Provocar insônia e fadiga em quem dorme ao lado;
- Afetar a qualidade de vida de ambos.
Com o tempo, essas noites mal dormidas criam tensão e ressentimento, que podem evoluir para conflitos e afastamento afetivo.
O lado emocional do ronco
O ronco também pode causar vergonha em quem ronca e frustração em quem ouve.
Alguns parceiros se sentem culpados por incomodar; outros, magoados por não conseguirem descansar.
Essa combinação é perigosa para o relacionamento.
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O ronco é apenas um incômodo ou um sinal de alerta?
Muita gente encara o ronco como algo “normal”, mas ele é um alerta do corpo.
Ele indica que o ar não está passando livremente pelas vias respiratórias durante o sono.
O ronco pode evoluir para apneia do sono
Em muitos casos, o ronco é o primeiro sintoma da apneia obstrutiva do sono, uma condição em que a respiração para por alguns segundos repetidas vezes durante a noite.
Essas pausas na respiração reduzem o oxigênio no sangue e sobrecarregam o coração e o cérebro, aumentando os riscos de:
- Hipertensão;
- Diabetes;
- AVC;
- Infarto;
- Déficit de memória e atenção.
Ou seja, o ronco não ameaça apenas o relacionamento — ameaça a saúde e a vida.
Quais são as causas mais comuns do ronco?
O ronco pode ter várias origens. As mais frequentes são:
- Sobrepeso e obesidade: o excesso de gordura na região do pescoço estreita as vias aéreas;
- Consumo de álcool e sedativos: relaxam a musculatura da garganta, facilitando o ronco;
- Posição ao dormir: dormir de barriga para cima favorece o ronco;
- Problemas nasais: desvio de septo, rinite e sinusite dificultam a passagem do ar;
- Idade: com o envelhecimento, os tecidos da garganta ficam mais flácidos;
- Apneia do sono: principal causa do ronco alto e frequente.
Entender a origem é o primeiro passo para tratar corretamente.
Como o ronco afeta a saúde do casal?
1. Sono fragmentado e irritabilidade
Quem dorme mal, acorda mal.
A privação de sono leva à irritabilidade, cansaço e falta de paciência — fatores que afetam diretamente a convivência do casal.
2. Diminuição da libido
A falta de sono também reduz os níveis de testosterona e o desejo sexual, afetando a intimidade.
Além disso, o estresse e a fadiga crônicos diminuem a disposição e o interesse.
3. “Divórcio do sono”
Muitos casais acabam dormindo em quartos separados para escapar do barulho.
Esse fenômeno, conhecido como divórcio do sono, é cada vez mais comum.
Embora resolva o problema do descanso, pode criar distância emocional e afetar a cumplicidade.
Quais são os tratamentos para o ronco e a apneia do sono?
O tratamento depende da causa e da gravidade do problema.
Mas o ponto principal é: não existe solução única — é preciso personalizar.
Mudança de hábitos
Pequenas mudanças no estilo de vida já fazem diferença:
- Perder peso;
- Evitar álcool e sedativos antes de dormir;
- Dormir de lado;
- Manter rotina de sono regular;
- Tratar problemas respiratórios.
Essas medidas podem reduzir o ronco leve e melhorar a qualidade do sono.
CPAP: o tratamento mais eficaz para apneia severa
O CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas) é um aparelho que envia ar sob pressão para manter as vias respiratórias abertas durante o sono.
Ele é considerado o tratamento padrão-ouro para apneia do sono grave.
Porém, nem todos se adaptam ao uso contínuo da máscara, que pode causar desconforto, ruído e irritação.
Aparelho intraoral: alternativa prática e confortável
Para quem não se adapta ao CPAP ou apresenta ronco e apneia leve a moderada, o aparelho intraoral é uma excelente opção.
Esse dispositivo, confeccionado por um dentista especializado em odontologia do sono, ajusta a posição da mandíbula para evitar o colapso das vias respiratórias.
Entre os benefícios:
- É discreto e fácil de usar;
- Melhora significativa do ronco;
- Aumenta a oxigenação e a qualidade do sono;
- Pode devolver a harmonia ao sono do casal.
Muitos pacientes relatam melhora imediata na convivência e no bem-estar após iniciar o uso do aparelho.
Quando procurar ajuda profissional?
Você deve buscar avaliação médica se:
- O ronco é alto e constante;
- Há pausas na respiração durante o sono;
- O parceiro relata sufocamento ou engasgos noturnos;
- Há sonolência diurna e dificuldade de concentração.
O diagnóstico é feito através de uma polissonografia, exame que avalia o sono em detalhes.
O profissional pode indicar o tratamento ideal, seja mudança de hábitos, CPAP ou aparelho intraoral.
Como manter a harmonia do casal durante o tratamento?
Comunicação é essencial
Falar sobre o problema com empatia é o primeiro passo.
Evite culpas ou piadas — o ronco é uma condição médica, não uma falha pessoal.
Participem juntos das mudanças
- Estabeleçam uma rotina de sono regular;
- Reduzam o consumo de álcool à noite;
- Pratiquem atividade física juntos.
Transformar o tratamento em um projeto a dois fortalece o vínculo e melhora os resultados.
Conclusão
O ronco pode, sim, afastar o casal — mas não precisa ser o fim da harmonia.
Com diagnóstico e tratamento adequados, é possível controlar o ronco, melhorar a saúde e recuperar noites de sono tranquilas a dois.
Se você ou alguém próximo sofre com o ronco, compartilhe este post e procure ajuda especializada.
Perguntas Frequentes (FAQ)
Nem sempre, mas o ronco alto e frequente pode indicar apneia. O ideal é fazer uma avaliação profissional.
Sim. Essa posição ajuda a manter as vias respiratórias abertas e pode diminuir o ronco leve.
Sim. Ele é eficaz para casos leves e moderados, especialmente em quem não se adapta ao CPAP.
Em muitos casos, sim. O excesso de peso é um dos principais fatores de risco para o ronco e a apneia.
Sim, se os hábitos não forem mantidos. Por isso, acompanhamento e mudanças de estilo de vida são essenciais.
Fonte: Dr. Paulo Coelho – especialista em Odontologia do Sono
Visite: www.DrPauloCoelho.com.br | www.BoraDormir.com
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Referências Bibliográficas
- American Academy of Sleep Medicine (AASM). www.aasm.org
- Mayo Clinic. Sleep apnea: Symptoms and causes. www.mayoclinic.org
- National Sleep Foundation. Snoring and Sleep Apnea. www.sleepfoundation.org
- Johns Hopkins Medicine. The Dangers of Snoring. www.hopkinsmedicine.org
- National Heart, Lung, and Blood Institute (NHLBI). “What Is Sleep Apnea?” www.nhlbi.nih.gov