Ronco eleva chances de derrame? O ronco é frequentemente tratado como uma situação embaraçosa ou apenas um incômodo noturno. Porém, poucas pessoas sabem que ele pode estar diretamente relacionado a problemas graves de saúde, incluindo o aumento do risco de derrame.
Quando o ronco está associado à apneia do sono, a situação se torna ainda mais preocupante: esse distúrbio interrompe a respiração várias vezes durante a noite, reduz a oxigenação do corpo e sobrecarrega o coração e o cérebro. Isso pode resultar em consequências sérias, como pressão alta, infarto e até mesmo um acidente vascular cerebral (AVC).
Mas afinal, o ronco eleva mesmo as chances de derrame? É isso que vamos entender neste post.
O ronco é apenas um barulho incômodo?
Muita gente acredita que o ronco não passa de um som desagradável causado pela vibração das vias aéreas. No entanto, quando persistente e intenso, ele é um sinal de alerta.
- Pode indicar obstrução das vias respiratórias.
- Está ligado a queda nos níveis de oxigênio durante o sono.
- Aumenta a probabilidade de desenvolver apneia obstrutiva do sono.
Portanto, o ronco é um sintoma que merece atenção, e não deve ser ignorado.

















Como o ronco está ligado ao risco de derrame?
O derrame, também conhecido como AVC, ocorre quando há interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro. Essa condição pode estar associada ao ronco e à apneia do sono por alguns motivos:
- Hipóxia noturna: a queda repetida de oxigênio durante a apneia prejudica os vasos sanguíneos e o cérebro.
- Pressão arterial elevada: a fragmentação do sono aumenta a pressão arterial, fator de risco direto para o derrame.
- Arritmias cardíacas: a apneia do sono pode causar irregularidades no ritmo cardíaco, aumentando os riscos cardiovasculares.
- Inflamação sistêmica: a falta de sono reparador favorece processos inflamatórios que danificam artérias e veias.

















Quais são os sinais de alerta?
Nem todo ronco é perigoso, mas alguns sinais devem ser levados a sério:
- Ronco alto e frequente.
- Pausas na respiração durante o sono (percebidas por terceiros).
- Sonolência excessiva durante o dia.
- Dores de cabeça ao acordar.
- Dificuldade de concentração e memória.
- Irritabilidade e alterações de humor.
Se você ou alguém próximo apresenta esses sintomas, é fundamental procurar ajuda médica.
O ronco pode evoluir para apneia do sono?
Sim. Em muitos casos, o ronco é o primeiro indício da apneia obstrutiva do sono, um distúrbio perigoso que interrompe a respiração várias vezes durante a noite.
A apneia não só aumenta o risco de derrame, como também está relacionada a:
- Infarto.
- Diabetes tipo 2.
- Obesidade.
- Hipertensão resistente a medicamentos.
Ignorar o ronco pode ser arriscado para sua saúde a longo prazo.
Quais são as opções de tratamento para o ronco e apneia do sono?
Mudança de hábitos
Algumas medidas simples já ajudam a reduzir o ronco:
- Manter um peso saudável.
- Evitar o consumo de álcool à noite.
- Dormir de lado em vez de barriga para cima.
- Praticar atividades físicas regularmente.
- Criar uma rotina de sono consistente.
CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas)
O CPAP é considerado o tratamento padrão-ouro para apneia moderada a grave. Trata-se de um equipamento que envia ar sob pressão para manter as vias respiratórias abertas durante o sono.
Apesar de eficaz, muitos pacientes relatam dificuldades de adaptação, como:
- Desconforto com a máscara.
- Ressecamento nasal.
- Impacto na vida conjugal.
Aparelho intraoral
O aparelho intraoral é uma alternativa recomendada para casos de ronco e apneia leve a moderada ou para quem não se adapta ao CPAP.
Ele funciona reposicionando a mandíbula e a língua para evitar a obstrução da via aérea. É discreto, confortável e bastante eficaz quando usado sob orientação de um dentista do sono.
Quais os benefícios de tratar o ronco corretamente?
Tratar o ronco não significa apenas acabar com o barulho. Os benefícios vão muito além:
- Reduz risco de derrame e infarto.
- Melhora a qualidade do sono.
- Aumenta a disposição diária.
- Melhora o humor e concentração.
- Fortalece os relacionamentos ao devolver noites silenciosas.
Quando procurar um especialista?
Se o ronco for frequente, alto ou acompanhado de pausas respiratórias, não espere. Procure um especialista em medicina ou odontologia do sono. O diagnóstico precoce pode evitar complicações graves.
FAQ
Não. Apenas os casos frequentes e associados à apneia do sono são mais perigosos.
Não. Existem alternativas como o aparelho intraoral, além de mudanças de hábitos.
Sim. É bastante eficaz em casos de ronco e apneia leve ou moderada.
Pessoas com ronco persistente ou que não conseguem se adaptar ao CPAP.
Não. Dormir separado apenas diminui o incômodo do parceiro, mas não trata o problema.
Conclusão
O ronco não deve ser tratado como algo banal. Ele pode ser um sinal de apneia do sono e está diretamente ligado ao aumento do risco de derrame. Tratar a causa é fundamental para proteger a saúde do coração, do cérebro e garantir qualidade de vida.
Se você ou alguém próximo sofre com o ronco, compartilhe este post e procure ajuda especializada.
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Referências Bibliográficas
- American Academy of Sleep Medicine (AASM). www.aasm.org
- Mayo Clinic. Sleep apnea: Symptoms and causes. www.mayoclinic.org
- National Sleep Foundation. Snoring and Sleep Apnea. www.sleepfoundation.org
- Johns Hopkins Medicine. The Dangers of Snoring. www.hopkinsmedicine.org
- National Heart, Lung, and Blood Institute (NHLBI). “What Is Sleep Apnea?” www.nhlbi.nih.gov