Como saber se tenho Apneia do Sono

Como saber se tenho Apneia do Sono?

Como saber se tenho Apneia do Sono? A apneia do sono é um distúrbio que afeta milhões de pessoas no mundo. Eu já passei por aquela fase em que me perguntava: “será que eu ronco alto por causa de apneia?” Ou “por que acordo cansado, mesmo dormindo muitas horas?”.

Depois de pesquisar e conversar com especialistas, entendi que ajustar hábitos e considerar um aparelho intraoral pode mudar tudo — e estou aqui para contar o que descobri de forma pessoal, acolhedora e bem fundamentada.

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O que é a apneia do sono e como identificá-la?

Definição e tipos principais

A apneia do sono é caracterizada por pausas na respiração durante o sono, que podem durar de segundos a minutos e se repetirem dezenas de vezes por noite. Há três tipos principais:

  • Apneia obstrutiva: ocorre quando os músculos da garganta relaxam e bloqueiam a via respiratória.
  • Apneia central: menos comum; resultado de falha do cérebro em enviar sinais adequados aos músculos responsáveis pela respiração.
  • Apneia mista (ou complexa): combinação dos dois tipos anteriores.

Essa condição pode afetar a oxigenação do sangue, trazendo consequências sérias à saúde.

Principais sinais e sintomas

Preste atenção se você se reconhece nesses sintomas:

  1. Ronco intenso e frequente (relatado por outra pessoa).
  2. Engasgos ou ofegos durante o sono.
  3. Acordar com boca seca ou dor de garganta.
  4. Sonolência diurna excessiva, dificuldade de concentração.
  5. Irritabilidade, alterações de humor e dores de cabeça matinais.

Esses sinais são indicativos, mas somente um médico (geralmente um otorrinolaringologista ou pneumologista) pode confirmar o diagnóstico

Aparelho para Ronco e Apneia do Sono

Atenção: Evite aparelhos genéricos comprados pela internet!

O ronco é um alerta que não deve ser ignorado. Ele pode ser um indicador de problemas respiratórios durante o sono, e sua intensidade e frequência estão diretamente associadas a riscos sérios para a saúde. Entre as possíveis consequências do ronco, destacam-se:

  • Fadiga intensa e sonolência durante o dia;
  • Ansiedade e distúrbios psicológicos;
  • Doenças cardiovasculares;
  • Acidente Vascular Cerebral (AVC);
  • E, em casos graves, até morte súbita durante o sono.

Por isso, é fundamental evitar aparelho genéricos e sem regulamentação comprados na internet. Esses aparelhos podem ser inadequados, ineficazes e até prejudiciais à sua saúde. O tratamento correto exige um aparelho desenvolvido, ajustado e calibrado com base nas necessidades individuais de cada pessoa. Apenas profissionais especializados, como otorrinolaringologistas ou médicos do sono, podem indicar o equipamento certo e adequado para o seu caso.

O que fazer?

Se você ronca ou convive com alguém que sofre desse problema, o primeiro passo é procurar um especialista. Um diagnóstico preciso é essencial para compreender as causas do ronco e determinar o tratamento mais eficaz. Em muitos casos, o uso de dispositivos personalizados, como aparelhos intraorais ajustados por dentistas especializados, pode ser uma solução segura e eficiente.

Lembre-se: cuidar do ronco não é apenas uma questão de conforto, mas de saúde e qualidade de vida. Não arrisque sua vida ou de quem você ama confiando em soluções genéricas e sem garantia. Busque orientação médica e priorize sua segurança!

CPAP ou Aparelho Intraoral: Qual é a Melhor Opção para Tratar o Ronco e Apneia do Sono?

  • O CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas) é um dispositivo que utiliza uma máscara conectada a uma máquina para fornecer um fluxo contínuo de ar pressurizado. Esse fluxo mantém as vias aéreas abertas durante o sono, prevenindo pausas na respiração. Embora seja um tratamento altamente eficaz para apneia do sono moderada a grave, compreendo que o uso constante da máscara e do equipamento pode ser desconfortável para algumas pessoas.
  • Aparelho Intraoral, também conhecido como dispositivo de avanço mandibular (DAM), é uma alternativa menos invasiva. Ele é adaptado para se encaixar na boca, reposicionando suavemente a mandíbula e a língua para evitar o colapso das vias aéreas. Esta opção é geralmente indicada para casos leves a moderados de apneia e ronco. Se o CPAP não é confortável para você, o aparelho intraoral pode ser uma solução mais agradável, embora seja essencial que ele seja personalizado por um especialista para garantir sua eficácia.

Lembre-se, cada pessoa é única, e o melhor tratamento varia de acordo com as necessidades individuais. Não hesite em consultar um profissional de saúde para encontrar a opção que proporcionará noites de sono mais tranquilas e revigorantes. Estou aqui para apoiar você nessa jornada rumo a uma melhor qualidade de vida.

Quais exames são usados para diagnosticar a apneia do sono?

Polissonografia em laboratório

A polissonografia é o teste padrão-ouro para diagnóstico. Realizada em um laboratório do sono, monitora atividade cerebral, movimentos oculares, oximetria, frequência cardíaca, esforço respiratório e mais. É essencial para classificar a gravidade (leve, moderada, grave).

Polissonografia domiciliar

Para casos mais simples, existe o exame domiciliar portátil, que registra a oxigenação, frequência cardíaca e respiratória. Pode ser menos completo, mas útil e mais acessível.

Avaliação clínica

O médico ainda avalia histórico, IMC, circunferência do pescoço, exame da cavidade oral e pescoço. Esse conjunto ajuda a decidir qual exame escolher.


Como posso mudar meus hábitos para ajudar na apneia?

Acredito que mudanças consistentes fazem grande diferença. Aqui vão algumas:

  1. Perder peso: especialmente se você tem sobrepeso ou obesidade, reduz pressão na região do pescoço.
  2. Dormir de lado: evita que a língua e o palato mole obstruam a garganta.
  3. Evitar álcool e sedativos à noite: esses relaxam a musculatura da garganta.
  4. Parar de fumar: tabagismo aumenta inflamação e retenção de líquidos na garganta.
  5. Rotina de sono regular: horário fixo de dormir e acordar melhora a qualidade do sono.

Essas práticas são recomendadas por estudos da American Academy of Sleep Medicine (https://aasm.org/).


O que é o aparelho intraoral para ronco e como ele funciona?

Tipos de aparelhos

Os aparelhos intraorais são dispositivos feitos sob medida. Os principais tipos são:

  • Aparelho de avanço mandibular (AAM): posiciona a mandíbula levemente para frente, abrindo a via aérea.
  • Aparelho lingual: desloca a língua para frente, evitando obstrução.

Ambos evitam o colapso da via respiratória e reduzem roncos e apneia leve a moderada.

Vantagens

  • Uso fácil: basta colocar à noite.
  • São confortáveis, adaptáveis e reversíveis.
  • Possuem estudos indicativos de eficácia para apneia leve a moderada (https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.4856).
  • Menos invasivos que CPAP, com melhor adesão em alguns casos.

Limitações e cuidados

  • Eficácia menor em apneia moderada a grave.
  • Podem provocar desconforto na mandíbula e nos dentes; ajuste com dentista especialista é fundamental.
  • Acompanhamento anual é recomendado para ajustes.

Quando devo considerar o CPAP em vez de aparelho intraoral?

Diferenças principais

  • CPAP (pressão positiva contínua): bomba de ar e máscara que mantém as vias abertas com pressão.
  • Aparelho intraoral: reposiciona a mandíbula/tongue para evitar obstrução.

Quando o CPAP é mais indicado?

Geralmente usado para casos moderados a graves de apneia, prescrito após polissonografia, ou quando o aparelho intraoral não é eficaz.

Apesar de ser mais eficiente em controle de apneia grave, o CPAP pode ter baixa adesão devido ao uso de máscara e barulho. Já o aparelho intraoral pode ser alternativa, especialmente para quem precisa de algo menos invasivo.


O que dizem os estudos internacionais sobre eficácia do aparelho intraoral?

Estudos comparativos

Diretrizes de uso

A American Academy of Dental Sleep Medicine recomenda o uso de aparelhos intraorais em apneia leve a moderada ou como alternativa quando CPAP não é tolerado (https://aadsm.org/).


Como escolher o aparelho intraoral certo?

Avaliação por odontologista do sono

Procure um dentista especializado em medicina do sono. Ele irá:

  1. Avaliar a anatomia oral e respiratória;
  2. Requisitar imagem 3D ou modelos;
  3. Pedir cópia da polissonografia;
  4. Fabricar aparelho personalizado.

Ajustes e acompanhamento

  • Ajustes finos com base no posicionamento e conforto.
  • Avaliação periódica da mandíbula, dentes e articulação temporomandibular.
  • Repetir polissonografia após alguns meses de uso para confirmar eficácia.

Como é o processo de adaptação ao aparelho intraoral?

Primeiros dias

  • Pode haver desconforto leve, salivação aumentada ou sensação de mandíbula “presa”.
  • Use o aparelho por 1–2 horas durante o dia para adaptação crescente.

Uso noturno e manutenção

  • Use toda a noite.
  • Limpe com escova macia e água morna todos os dias; evite álcool.
  • Guarde em estojo ventilado.

Quais resultados posso esperar e em quanto tempo?

Melhora rapidamente perceptível

  • Muitos relatam redução do ronco nas primeiras noites.
  • A sonolência diurna diminui em questão de semanas.

Resultados a longo prazo

  • Após 1–3 meses, reavaliação da polissonografia deve confirmar redução significativa do índice de apneia.
  • Uso contínuo proporciona benefícios contínuos.

Quando procurar um profissional?

Procure ajuda se você:

  • Ronca alto toda noite.
  • Acorda ofegando ou engasgando.
  • Tem sono interrompido muitas vezes durante a noite.
  • Se você tem pressão alta, problema cardíaco ou obesidade — pois aumentam o risco de apneia.

Um médico pode solicitar exame adequado, encaminhar a um dentista do sono, e orientar sobre hábitos e tratamentos.


FAQs

O aparelho intraoral pode ser usado em todos os casos de apneia?

Não. É indicado principalmente para apneia leve e moderada, ou quando o CPAP não é tolerado.

É possível dormir sem aparelho após adaptação?

Não. O aparelho só atua enquanto está sendo usado; não resolve o problema de forma definitiva.

Apneia do sono pode causar doenças graves?

Sim. Pode levar a hipertensão, AVC, infarto, e aumentar risco de acidentes por sono diurno.

Há contraindicações para o aparelho intraoral?

Sim. Quem tem doença avançada na articulação temporomandibular ou falta significativa de dentes pode não ser elegível.

O exame domiciliar substitui a polissonografia completa?

Depende. Para suspeitas leves, pode ajudar; mas casos moderados a graves geralmente requerem exame em laboratório.



Referências bibliográficas

  1. American Academy of Sleep Medicine – https://aasm.org/
  2. Clinical Practice Guideline – https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.4856
  3. Gotsopoulos H et al. – https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.200202-124OC
  4. Sutherland K et al. – https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.4856
  5. American Academy of Dental Sleep Medicine – https://aadsm.org/

Dr Paulo Coelho

Olá! Sou o Dr. Paulo Coelho (CROSP 49.777)
Sou cirurgião-dentista com formação em Odontologia, Psicanálise, Homeopatia e Teologia. Tenho Mestrado em Ortodontia e Doutorado em Psicanálise, com foco em Distúrbios do Sono. Atuo clinicamente em Campinas e São Paulo, oferecendo um cuidado integral e personalizado. Minha missão é promover saúde de forma completa — do sorriso ao sono — unindo ciência, escuta sensível e espiritualidade no atendimento aos meus pacientes.

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