Como saber se tenho Apneia do Sono? A apneia do sono é um distúrbio que afeta milhões de pessoas no mundo. Eu já passei por aquela fase em que me perguntava: “será que eu ronco alto por causa de apneia?” Ou “por que acordo cansado, mesmo dormindo muitas horas?”.
Depois de pesquisar e conversar com especialistas, entendi que ajustar hábitos e considerar um aparelho intraoral pode mudar tudo — e estou aqui para contar o que descobri de forma pessoal, acolhedora e bem fundamentada.
Nossas Unidades:
O que é a apneia do sono e como identificá-la?
Definição e tipos principais
A apneia do sono é caracterizada por pausas na respiração durante o sono, que podem durar de segundos a minutos e se repetirem dezenas de vezes por noite. Há três tipos principais:
- Apneia obstrutiva: ocorre quando os músculos da garganta relaxam e bloqueiam a via respiratória.
- Apneia central: menos comum; resultado de falha do cérebro em enviar sinais adequados aos músculos responsáveis pela respiração.
- Apneia mista (ou complexa): combinação dos dois tipos anteriores.
Essa condição pode afetar a oxigenação do sangue, trazendo consequências sérias à saúde.
Principais sinais e sintomas
Preste atenção se você se reconhece nesses sintomas:
- Ronco intenso e frequente (relatado por outra pessoa).
- Engasgos ou ofegos durante o sono.
- Acordar com boca seca ou dor de garganta.
- Sonolência diurna excessiva, dificuldade de concentração.
- Irritabilidade, alterações de humor e dores de cabeça matinais.
Esses sinais são indicativos, mas somente um médico (geralmente um otorrinolaringologista ou pneumologista) pode confirmar o diagnóstico
Aparelho para Ronco e Apneia do Sono
Atenção: Evite aparelhos genéricos comprados pela internet!
O ronco é um alerta que não deve ser ignorado. Ele pode ser um indicador de problemas respiratórios durante o sono, e sua intensidade e frequência estão diretamente associadas a riscos sérios para a saúde. Entre as possíveis consequências do ronco, destacam-se:
- Fadiga intensa e sonolência durante o dia;
- Ansiedade e distúrbios psicológicos;
- Doenças cardiovasculares;
- Acidente Vascular Cerebral (AVC);
- E, em casos graves, até morte súbita durante o sono.
Por isso, é fundamental evitar aparelho genéricos e sem regulamentação comprados na internet. Esses aparelhos podem ser inadequados, ineficazes e até prejudiciais à sua saúde. O tratamento correto exige um aparelho desenvolvido, ajustado e calibrado com base nas necessidades individuais de cada pessoa. Apenas profissionais especializados, como otorrinolaringologistas ou médicos do sono, podem indicar o equipamento certo e adequado para o seu caso.
O que fazer?
Se você ronca ou convive com alguém que sofre desse problema, o primeiro passo é procurar um especialista. Um diagnóstico preciso é essencial para compreender as causas do ronco e determinar o tratamento mais eficaz. Em muitos casos, o uso de dispositivos personalizados, como aparelhos intraorais ajustados por dentistas especializados, pode ser uma solução segura e eficiente.
Lembre-se: cuidar do ronco não é apenas uma questão de conforto, mas de saúde e qualidade de vida. Não arrisque sua vida ou de quem você ama confiando em soluções genéricas e sem garantia. Busque orientação médica e priorize sua segurança!

















CPAP ou Aparelho Intraoral: Qual é a Melhor Opção para Tratar o Ronco e Apneia do Sono?
- O CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas) é um dispositivo que utiliza uma máscara conectada a uma máquina para fornecer um fluxo contínuo de ar pressurizado. Esse fluxo mantém as vias aéreas abertas durante o sono, prevenindo pausas na respiração. Embora seja um tratamento altamente eficaz para apneia do sono moderada a grave, compreendo que o uso constante da máscara e do equipamento pode ser desconfortável para algumas pessoas.
- Aparelho Intraoral, também conhecido como dispositivo de avanço mandibular (DAM), é uma alternativa menos invasiva. Ele é adaptado para se encaixar na boca, reposicionando suavemente a mandíbula e a língua para evitar o colapso das vias aéreas. Esta opção é geralmente indicada para casos leves a moderados de apneia e ronco. Se o CPAP não é confortável para você, o aparelho intraoral pode ser uma solução mais agradável, embora seja essencial que ele seja personalizado por um especialista para garantir sua eficácia.
Lembre-se, cada pessoa é única, e o melhor tratamento varia de acordo com as necessidades individuais. Não hesite em consultar um profissional de saúde para encontrar a opção que proporcionará noites de sono mais tranquilas e revigorantes. Estou aqui para apoiar você nessa jornada rumo a uma melhor qualidade de vida.

















Quais exames são usados para diagnosticar a apneia do sono?
Polissonografia em laboratório
A polissonografia é o teste padrão-ouro para diagnóstico. Realizada em um laboratório do sono, monitora atividade cerebral, movimentos oculares, oximetria, frequência cardíaca, esforço respiratório e mais. É essencial para classificar a gravidade (leve, moderada, grave).
Polissonografia domiciliar
Para casos mais simples, existe o exame domiciliar portátil, que registra a oxigenação, frequência cardíaca e respiratória. Pode ser menos completo, mas útil e mais acessível.
Avaliação clínica
O médico ainda avalia histórico, IMC, circunferência do pescoço, exame da cavidade oral e pescoço. Esse conjunto ajuda a decidir qual exame escolher.
Como posso mudar meus hábitos para ajudar na apneia?
Acredito que mudanças consistentes fazem grande diferença. Aqui vão algumas:
- Perder peso: especialmente se você tem sobrepeso ou obesidade, reduz pressão na região do pescoço.
- Dormir de lado: evita que a língua e o palato mole obstruam a garganta.
- Evitar álcool e sedativos à noite: esses relaxam a musculatura da garganta.
- Parar de fumar: tabagismo aumenta inflamação e retenção de líquidos na garganta.
- Rotina de sono regular: horário fixo de dormir e acordar melhora a qualidade do sono.
Essas práticas são recomendadas por estudos da American Academy of Sleep Medicine (https://aasm.org/).
O que é o aparelho intraoral para ronco e como ele funciona?
Tipos de aparelhos
Os aparelhos intraorais são dispositivos feitos sob medida. Os principais tipos são:
- Aparelho de avanço mandibular (AAM): posiciona a mandíbula levemente para frente, abrindo a via aérea.
- Aparelho lingual: desloca a língua para frente, evitando obstrução.
Ambos evitam o colapso da via respiratória e reduzem roncos e apneia leve a moderada.
Vantagens
- Uso fácil: basta colocar à noite.
- São confortáveis, adaptáveis e reversíveis.
- Possuem estudos indicativos de eficácia para apneia leve a moderada (https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.4856).
- Menos invasivos que CPAP, com melhor adesão em alguns casos.
Limitações e cuidados
- Eficácia menor em apneia moderada a grave.
- Podem provocar desconforto na mandíbula e nos dentes; ajuste com dentista especialista é fundamental.
- Acompanhamento anual é recomendado para ajustes.
Quando devo considerar o CPAP em vez de aparelho intraoral?
Diferenças principais
- CPAP (pressão positiva contínua): bomba de ar e máscara que mantém as vias abertas com pressão.
- Aparelho intraoral: reposiciona a mandíbula/tongue para evitar obstrução.
Quando o CPAP é mais indicado?
Geralmente usado para casos moderados a graves de apneia, prescrito após polissonografia, ou quando o aparelho intraoral não é eficaz.
Apesar de ser mais eficiente em controle de apneia grave, o CPAP pode ter baixa adesão devido ao uso de máscara e barulho. Já o aparelho intraoral pode ser alternativa, especialmente para quem precisa de algo menos invasivo.
O que dizem os estudos internacionais sobre eficácia do aparelho intraoral?
Estudos comparativos
- Um ensaio clínico randômico comparou AAM ao CPAP em apneia leve a moderada. O resultado mostrou que 70% dos pacientes com AAM tiveram boa resposta na redução do índice de apneia (https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.200202-124OC).
- Outra metanálise apontou eficácia do AAM, embora ainda inferior ao CPAP para casos graves. Porém, pacientes passaram a dormir melhor, sem roncar, com uso confortável (https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.4856).
Diretrizes de uso
A American Academy of Dental Sleep Medicine recomenda o uso de aparelhos intraorais em apneia leve a moderada ou como alternativa quando CPAP não é tolerado (https://aadsm.org/).
Como escolher o aparelho intraoral certo?
Avaliação por odontologista do sono
Procure um dentista especializado em medicina do sono. Ele irá:
- Avaliar a anatomia oral e respiratória;
- Requisitar imagem 3D ou modelos;
- Pedir cópia da polissonografia;
- Fabricar aparelho personalizado.
Ajustes e acompanhamento
- Ajustes finos com base no posicionamento e conforto.
- Avaliação periódica da mandíbula, dentes e articulação temporomandibular.
- Repetir polissonografia após alguns meses de uso para confirmar eficácia.
Como é o processo de adaptação ao aparelho intraoral?
Primeiros dias
- Pode haver desconforto leve, salivação aumentada ou sensação de mandíbula “presa”.
- Use o aparelho por 1–2 horas durante o dia para adaptação crescente.
Uso noturno e manutenção
- Use toda a noite.
- Limpe com escova macia e água morna todos os dias; evite álcool.
- Guarde em estojo ventilado.
Quais resultados posso esperar e em quanto tempo?
Melhora rapidamente perceptível
- Muitos relatam redução do ronco nas primeiras noites.
- A sonolência diurna diminui em questão de semanas.
Resultados a longo prazo
- Após 1–3 meses, reavaliação da polissonografia deve confirmar redução significativa do índice de apneia.
- Uso contínuo proporciona benefícios contínuos.
Quando procurar um profissional?
Procure ajuda se você:
- Ronca alto toda noite.
- Acorda ofegando ou engasgando.
- Tem sono interrompido muitas vezes durante a noite.
- Se você tem pressão alta, problema cardíaco ou obesidade — pois aumentam o risco de apneia.
Um médico pode solicitar exame adequado, encaminhar a um dentista do sono, e orientar sobre hábitos e tratamentos.
FAQs
Não. É indicado principalmente para apneia leve e moderada, ou quando o CPAP não é tolerado.
Não. O aparelho só atua enquanto está sendo usado; não resolve o problema de forma definitiva.
Sim. Pode levar a hipertensão, AVC, infarto, e aumentar risco de acidentes por sono diurno.
Sim. Quem tem doença avançada na articulação temporomandibular ou falta significativa de dentes pode não ser elegível.
Depende. Para suspeitas leves, pode ajudar; mas casos moderados a graves geralmente requerem exame em laboratório.
Referências bibliográficas
- American Academy of Sleep Medicine – https://aasm.org/
- Clinical Practice Guideline – https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.4856
- Gotsopoulos H et al. – https://www.atsjournals.org/doi/full/10.1164/rccm.200202-124OC
- Sutherland K et al. – https://jcsm.aasm.org/doi/10.5664/jcsm.4856
- American Academy of Dental Sleep Medicine – https://aadsm.org/