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Apneia do sono: quais os sintomas mais comuns?

Apneia do sono: quais os sintomas mais comuns? A qualidade do sono desempenha um papel fundamental em nossa saúde física e mental. Quando dormimos bem, acordamos revigorados, com energia para enfrentar as tarefas do dia a dia.

Por outro lado, noites mal dormidas podem desencadear problemas de concentração, irritabilidade, cansaço e, em longo prazo, até mesmo agravar condições de saúde já existentes. Entre os diversos distúrbios do sono que afetam milhões de pessoas ao redor do mundo, a apneia do sono é um dos mais relevantes.

Mas afinal, o que é apneia do sono e quais são os sintomas mais comuns? Neste artigo, abordaremos o tema em detalhes, explorando causas, sintomas, diagnósticos e tratamentos.

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O que é apneia do sono?

A apneia do sono é um distúrbio caracterizado por interrupções momentâneas da respiração durante o sono. Essas pausas podem durar de alguns segundos a mais de um minuto e ocorrem repetidas vezes ao longo da noite. Muitas pessoas que sofrem dessa condição não percebem que algo está errado, pois as interrupções na respiração podem ser breves e, na maioria das vezes, não chegam a acordar completamente o indivíduo. Contudo, a qualidade do sono é afetada, resultando em um descanso superficial e não reparador.

Definição da apneia do sono

A apneia do sono se define pela presença de episódios recorrentes de obstrução parcial ou total das vias aéreas superiores durante o sono. Isso faz com que a passagem de ar seja bloqueada, reduzindo a oxigenação do sangue e obrigando o cérebro a “despertar” o corpo momentaneamente para restabelecer a respiração. Esse ciclo pode se repetir dezenas ou até centenas de vezes por noite, comprometendo significativamente a qualidade do sono.

Tipos de apneia do sono

Existem dois tipos principais de apneia do sono:

  1. Apneia obstrutiva do sono (AOS): É a forma mais comum. Ocorre quando os músculos da garganta relaxam excessivamente, estreitando ou bloqueando a passagem do ar. Indivíduos com sobrepeso, obesidade, estruturas anatômicas estreitas na região da garganta ou amígdalas aumentadas têm maior predisposição a esse tipo de apneia.
  2. Apneia central do sono (ACS): Mais rara, essa condição se dá quando o cérebro não envia sinais adequados para os músculos responsáveis pela respiração. Dessa forma, não há um bloqueio físico das vias aéreas, mas sim uma falta de estímulo neural para que a respiração ocorra.

CPAP ou Aparelho Intraoral: Qual é a Melhor Opção para Tratar o Ronco e Apneia do Sono?

  • O CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas) é um dispositivo que utiliza uma máscara conectada a uma máquina para fornecer um fluxo contínuo de ar pressurizado. Esse fluxo mantém as vias aéreas abertas durante o sono, prevenindo pausas na respiração. Embora seja um tratamento altamente eficaz para apneia do sono moderada a grave, compreendo que o uso constante da máscara e do equipamento pode ser desconfortável para algumas pessoas.
  • Aparelho Intraoral, também conhecido como dispositivo de avanço mandibular (DAM), é uma alternativa menos invasiva. Ele é adaptado para se encaixar na boca, reposicionando suavemente a mandíbula e a língua para evitar o colapso das vias aéreas. Esta opção é geralmente indicada para casos leves a moderados de apneia e ronco. Se o CPAP não é confortável para você, o aparelho intraoral pode ser uma solução mais agradável, embora seja essencial que ele seja personalizado por um especialista para garantir sua eficácia.

Lembre-se, cada pessoa é única, e o melhor tratamento varia de acordo com as necessidades individuais. Não hesite em consultar um profissional de saúde para encontrar a opção que proporcionará noites de sono mais tranquilas e revigorantes. Estou aqui para apoiar você nessa jornada rumo a uma melhor qualidade de vida.

Por que a apneia do sono acontece?

A apneia obstrutiva do sono, o tipo mais comum, geralmente está associada ao relaxamento excessivo dos músculos e tecidos moles na região da garganta durante o sono. Quando essas estruturas relaxam, a passagem de ar é reduzida ou completamente bloqueada. Alguns fatores que contribuem para o desenvolvimento da apneia incluem obesidade, circunferência do pescoço aumentada, anormalidades estruturais no trato respiratório, consumo de álcool, uso de sedativos e até mesmo dormir de barriga para cima, o que facilita o deslocamento dos tecidos e a obstrução das vias aéreas.

No caso da apneia central do sono, o problema é neurológico: o cérebro falha em coordenar a respiração, interrompendo o comando para o diafragma e outros músculos envolvidos. Esse tipo de apneia pode estar relacionado a condições médicas subjacentes, como insuficiência cardíaca, lesões no tronco cerebral ou uso de certos medicamentos.

Sintomas mais comuns da apneia do sono

Muitas pessoas não sabem que sofrem de apneia do sono, pois os sintomas se manifestam principalmente durante a noite, quando o indivíduo está inconsciente. No entanto, determinados sinais podem ser percebidos tanto pela própria pessoa quanto por seu parceiro de cama ou familiares. Conhecer os sintomas mais comuns é fundamental para suspeitar do distúrbio e buscar ajuda especializada.

Ronco intenso e frequente

O ronco é um dos sintomas mais comuns associados à apneia do sono, especialmente a apneia obstrutiva. Quando as vias aéreas estão parcialmente bloqueadas, o ar que passa encontra resistência, fazendo os tecidos vibrarem e produzindo o som característico do ronco. É importante ressaltar que nem todo ronco indica apneia do sono, mas quando o ronco é alto, frequente e associado a pausas na respiração, é um sinal de alerta.

Pausas na respiração durante o sono

A marca registrada da apneia do sono são as interrupções na respiração. Se você compartilha a cama com alguém, seu parceiro pode notar que você para de respirar por alguns segundos e, logo em seguida, retoma a respiração com um engasgo ou suspiro. Essas pausas podem ser curtas, mas ocorrem várias vezes por hora, prejudicando a qualidade do sono e causando stress ao organismo.

Sonolência excessiva diurna

Devido aos diversos despertares noturnos (mesmo que breves e inconscientes), a pessoa com apneia do sono não atinge fases profundas e reparadoras do sono. Como consequência, a sonolência excessiva durante o dia é um dos sintomas mais notáveis. A pessoa pode sentir dificuldade em se manter alerta em situações rotineiras, como assistir TV, ler ou até mesmo dirigir. Essa sonolência aumenta o risco de acidentes de trânsito e reduz a produtividade no trabalho.

Dores de cabeça matinais

A falta de oxigenação adequada ao longo da noite pode levar a dores de cabeça ao despertar. Muitas pessoas com apneia do sono relatam acordar com uma sensação de peso na cabeça, acompanhada de mal-estar. Essas dores costumam melhorar ao longo do dia, mas podem indicar que o sono não está sendo revigorante.

Dificuldade de concentração e alterações de humor

O sono inadequado afeta o sistema cognitivo e emocional. Indivíduos com apneia do sono podem sentir dificuldade para se concentrar, lapsos de memória, irritabilidade e alterações de humor ao longo do dia. Essa instabilidade emocional, aliada à redução da energia, prejudica a qualidade de vida e os relacionamentos interpessoais.

Fatores de risco que agravam os sintomas

Alguns fatores podem aumentar a probabilidade de desenvolver apneia do sono ou intensificar seus sintomas. Entre os principais fatores de risco, destacam-se:

  • Excesso de peso ou obesidade: O acúmulo de gordura na região do pescoço pode estreitar as vias aéreas, favorecendo as obstruções.
  • Circunferência do pescoço aumentada: Pescoços mais grossos tendem a ter vias respiratórias mais estreitas.
  • Idade: Embora possa ocorrer em qualquer idade, a apneia do sono é mais comum em adultos maduros e idosos.
  • Gênero: Homens têm maior probabilidade de apresentar apneia do sono do que mulheres, embora após a menopausa a incidência feminina aumente.
  • Histórico familiar: A predisposição genética pode desempenhar um papel significativo.
  • Uso de álcool e sedativos: Essas substâncias relaxam a musculatura da garganta, favorecendo a obstrução.
  • Tabagismo: O cigarro provoca inflamação das vias aéreas, agravando o quadro.

Esses fatores não são determinantes isolados, mas a combinação deles aumenta consideravelmente o risco de desenvolver apneia do sono e intensifica os sintomas em quem já tem o distúrbio.

Como o diagnóstico é feito?

O diagnóstico adequado da apneia do sono é fundamental para direcionar o tratamento e prevenir complicações. Caso a pessoa ou seu parceiro note sintomas suspeitos, é aconselhável procurar um médico, preferencialmente um especialista em medicina do sono ou um otorrinolaringologista. O diagnóstico pode envolver avaliação clínica, histórico familiar, exame físico e testes específicos.

Exames de polissonografia

A polissonografia é o exame padrão-ouro para diagnosticar a apneia do sono. Trata-se de um estudo do sono realizado em laboratório, no qual sensores são colocados no corpo do paciente para monitorar ondas cerebrais, movimentos oculares, atividade muscular, ritmo cardíaco, frequência respiratória e nível de oxigênio no sangue. A análise desses parâmetros permite identificar pausas respiratórias e a intensidade do distúrbio.

Monitoramento domiciliar do sono

Em alguns casos, o médico pode optar por um estudo do sono em casa, utilizando aparelhos portáteis que registram dados respiratórios e oximetria do paciente enquanto dorme no próprio lar. Embora esse tipo de monitoramento seja menos completo que a polissonografia de laboratório, pode ser útil em casos mais simples e para o acompanhamento do tratamento.

Tratamentos disponíveis

A boa notícia é que existem tratamentos eficazes para a apneia do sono, capazes de aliviar os sintomas e melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente. O tratamento ideal depende do tipo e gravidade da apneia, bem como das condições de saúde do indivíduo.

Mudanças no estilo de vida

Alguns ajustes no estilo de vida podem reduzir os sintomas, especialmente nos casos mais leves de apneia obstrutiva:

  • Perda de peso: Reduzir o peso corporal pode diminuir a gordura ao redor do pescoço, ampliando as vias aéreas.
  • Evitar álcool e sedativos: Essas substâncias relaxam demais a musculatura da garganta, piorando a obstrução.
  • Dormir de lado: Essa posição ajuda a manter as vias aéreas mais abertas do que dormir de barriga para cima.
  • Praticar exercícios físicos: A atividade física regular melhora o tônus muscular, incluindo o da região da garganta.

Dispositivos de pressão aérea positiva (CPAP)

O tratamento mais comum e eficaz para a apneia obstrutiva do sono é o uso de um aparelho de pressão positiva contínua nas vias aéreas, conhecido como CPAP (Continuous Positive Airway Pressure). O CPAP consiste em uma máscara ajustada sobre o nariz (e às vezes também a boca), ligada a um aparelho que fornece um fluxo constante de ar. Esse fluxo pressurizado mantém as vias aéreas abertas, evitando as pausas respiratórias.

Embora o uso do CPAP possa parecer desconfortável a princípio, muitas pessoas se acostumam ao aparelho e relatam melhorias significativas na qualidade do sono, redução do ronco e maior disposição durante o dia.

Aparelhos intraorais

Para casos leves a moderados de apneia, aparelhos intraorais podem ser indicados. Esses dispositivos, feitos sob medida por dentistas especializados, reposicionam a mandíbula e a língua, mantendo as vias aéreas abertas durante o sono. Embora não sejam eficazes para todos, podem ser uma opção menos invasiva e mais confortável do que o CPAP.

Cirurgia e outros procedimentos

Em casos mais graves ou quando outros tratamentos não são eficazes, procedimentos cirúrgicos podem ser considerados. As cirurgias visam remover o excesso de tecido na garganta, corrigir desvio de septo, reduzir o tamanho das amígdalas ou reposicionar a mandíbula. Outro procedimento possível é o implante de um dispositivo que estimula o nervo hipoglosso, ajudando a manter as vias aéreas abertas.

Importância de tratar a apneia do sono

A apneia do sono não tratada pode ter consequências sérias para a saúde. Além da sonolência diurna, dores de cabeça e irritabilidade, o distúrbio está associado a um risco maior de pressão alta, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, AVC e até depressão. Ao melhorar a qualidade do sono, o tratamento da apneia reduz esses riscos e promove melhor qualidade de vida.

Quando a pessoa trata a apneia, ela passa a dormir de forma mais profunda e contínua, resultando em mais energia, melhor humor e concentração. Além disso, o relacionamento com o(a) parceiro(a) de cama pode melhorar, já que o ronco intenso e frequente, bem como as interrupções respiratórias, costumam prejudicar o descanso de ambos.

Dicas para melhorar a qualidade do sono

Além do tratamento específico para a apneia do sono, adotar hábitos saudáveis que contribuem para um sono de qualidade é uma estratégia valiosa. Algumas dicas incluem:

  • Mantenha uma rotina de sono: Procure dormir e acordar nos mesmos horários todos os dias, inclusive nos fins de semana.
  • Crie um ambiente propício ao sono: O quarto deve ser escuro, silencioso e com temperatura agradável. Evite luzes fortes e barulhos.
  • Evite telas antes de dormir: A luz azul emitida por smartphones, TVs e computadores prejudica a produção de melatonina, hormônio responsável pela indução do sono.
  • Pratique técnicas de relaxamento: Exercícios de respiração, meditação ou um banho morno antes de dormir podem ajudar a relaxar o corpo e a mente.
  • Modere o consumo de cafeína e estimulantes: Evite café, chá-preto e bebidas energéticas perto da hora de dormir, pois eles dificultam o sono.
  • Alimente-se de forma leve à noite: Refeições pesadas antes de dormir podem incomodar o estômago e dificultar o sono.

Conclusão

A apneia do sono é um distúrbio que afeta milhões de pessoas e muitas vezes passa despercebido. Seus sintomas mais comuns incluem ronco intenso, pausas na respiração, sonolência diurna, dores de cabeça matinais, dificuldade de concentração e alterações de humor. Fatores como excesso de peso, consumo de álcool, tabagismo e predisposição genética podem aumentar o risco e a gravidade do problema.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para prevenir complicações de saúde, como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e aumento no risco de acidentes. Felizmente, existem opções eficazes de tratamento, desde mudanças no estilo de vida até o uso de dispositivos como o CPAP, aparelhos intraorais ou, em casos mais extremos, procedimentos cirúrgicos.

Ao tratar a apneia do sono, o indivíduo recupera a qualidade do sono, melhora sua energia, humor, concentração e bem-estar geral. Além disso, contribui para reduzir o risco de diversas complicações médicas. Portanto, se você ou alguém próximo apresenta sintomas sugestivos de apneia do sono, não hesite em procurar orientação médica. Com o devido acompanhamento, é possível restabelecer noites de sono tranquilo e, consequentemente, melhorar a saúde física e mental.

Dr Paulo Coelho

Olá! Sou o Dr. Paulo Coelho (CROSP 49.777), formado em Odontologia, Psicanálise e Homeopatia, com Mestrado em Ortodontia e Doutorado em Psicanálise focado em Distúrbios do Sono. Atuo clinicamente em Campinas e São Paulo, dedicando-me a oferecer um cuidado integral aos meus pacientes. Além da minha prática profissional, a gastronomia é uma das minhas grandes paixões!

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