Como fazer alguém parar de roncar hoje mesmo?
Como fazer alguém parar de roncar hoje mesmo é uma pergunta que nasce do cansaço, da preocupação e, muitas vezes, do desespero de quem convive com noites mal dormidas. O ronco não é apenas um barulho incômodo: ele é um sinal de que a respiração está prejudicada durante o sono e pode indicar um problema de saúde que merece atenção.
Antes de qualquer solução imediata, é importante entender por que o ronco acontece, quais riscos ele traz e o que realmente funciona para reduzir ou eliminar esse problema de forma segura.
Por que uma pessoa ronca enquanto dorme?
O ronco ocorre quando há estreitamento das vias aéreas superiores durante o sono. Ao relaxar, os músculos da garganta, do palato mole e da língua reduzem o espaço por onde o ar passa. Esse fluxo de ar turbulento faz os tecidos vibrarem — produzindo o som do ronco.
Entre os principais fatores estão:
- excesso de peso,
- consumo de álcool à noite,
- posição de dormir de barriga para cima,
- alterações anatômicas (língua volumosa, mandíbula retraída),
- envelhecimento natural da musculatura.
Quando esse estreitamento é mais intenso, o ronco pode evoluir para apneia obstrutiva do sono.
Ronco e apneia do sono são a mesma coisa?
Não exatamente, mas estão intimamente ligados. O ronco é um sintoma, enquanto a apneia é uma doença. Na apneia obstrutiva do sono, a via aérea colapsa completamente por alguns segundos, interrompendo a respiração.
O que acontece no corpo durante a apneia?
- queda do nível de oxigênio no sangue,
- aumento da frequência cardíaca,
- liberação de adrenalina,
- microdespertares para retomar a respiração.
Esses episódios podem acontecer dezenas ou centenas de vezes por noite, mesmo sem a pessoa perceber.
Quais são os riscos do ronco frequente para a saúde?
Estudos do National Institutes of Health (NIH) e da American Academy of Sleep Medicine (AASM) mostram que ronco associado à apneia não tratada aumenta significativamente o risco de:
- hipertensão arterial,
- infarto do miocárdio,
- AVC,
- arritmias cardíacas,
- diabetes tipo 2,
- déficit de memória e concentração.
A explicação está na hipóxia intermitente, que provoca inflamação sistêmica e sobrecarga do sistema cardiovascular.
O que pode ser feito hoje mesmo para reduzir o ronco?
Algumas medidas simples podem ajudar já na primeira noite, principalmente em casos leves:
Dormir de lado ajuda mesmo?
Sim. Dormir de barriga para cima favorece a queda da língua para trás. A posição lateral reduz esse colapso e costuma diminuir o ronco.
Evitar álcool à noite faz diferença?
Faz muita. O álcool relaxa excessivamente a musculatura da garganta, aumentando o ronco e as pausas respiratórias.
Elevar a cabeceira da cama funciona?
Pode ajudar levemente, pois reduz o fechamento da via aérea pela gravidade.
Essas medidas, porém, não resolvem a causa em casos moderados ou graves.
Quando o ronco exige avaliação médica?
O ronco deve ser investigado quando:
- ocorre quase todas as noites,
- é alto e irregular,
- vem acompanhado de pausas respiratórias,
- há sonolência excessiva durante o dia,
- existe cansaço mesmo após dormir várias horas.
Nesses casos, o exame mais indicado é a polissonografia, que avalia respiração, oxigenação, batimentos cardíacos e qualidade do sono.
CPAP é a única solução para parar de roncar?
Não. O CPAP é considerado o padrão-ouro para apneia moderada a grave, pois mantém a via aérea aberta com pressão contínua de ar. No entanto, muitas pessoas não se adaptam ao uso da máscara, ruído ou sensação de pressão.
Por isso, existem alternativas eficazes, especialmente para quem não tolera o CPAP.
Como o aparelho para ronco e apneia pode ajudar?
O aparelho intraoral para ronco e apneia é uma alternativa reconhecida cientificamente. Ele atua reposicionando a mandíbula levemente para frente durante o sono, o que:
- impede a queda da língua,
- aumenta o espaço da via aérea,
- reduz vibração dos tecidos,
- melhora a oxigenação.
Segundo estudos publicados no PubMed, esses aparelhos são altamente eficazes em casos de ronco primário e apneia leve a moderada, além de apresentarem maior adesão ao tratamento em muitos pacientes.
O aparelho intraoral substitui o CPAP?
Depende do caso. Em muitos pacientes, sim. Em outros, ele funciona como alternativa ou complemento. A escolha deve sempre ser individualizada, baseada em exame clínico e polissonografia.
O mais importante é entender que tratar o ronco é tratar a respiração e proteger o coração.
Por que tentar “abafar” o ronco não é solução?
Tampões de ouvido, quartos separados ou “acostumar-se” com o barulho não tratam o problema. O ronco é um sinal de sofrimento respiratório. Ignorá-lo pode significar ignorar um risco real à saúde.
Dormir separado resolve o barulho, mas não resolve a apneia — e nem suas consequências.
Como conversar com alguém que ronca sem gerar conflito?
Aborde o tema com cuidado e empatia. Em vez de focar no incômodo, fale sobre:
- saúde,
- bem-estar,
- qualidade de vida,
- riscos cardiovasculares.
O ronco não é culpa da pessoa. Ele é um sintoma médico que pode e deve ser tratado.
FAQs – Como fazer alguém parar de roncar hoje mesmo
Mudanças de posição, evitar álcool e buscar avaliação são os primeiros passos.
Funciona em casos leves, mas não trata apneia.
O aparelho reposiciona a mandíbula e melhora a passagem do ar.
Aparelhos intraorais são alternativa eficaz para muitos pacientes.
Sim, especialmente se houver suspeita de apneia do sono.
Conclusão: parar o ronco é cuidar da saúde e da relação
Saber como fazer alguém parar de roncar hoje mesmo começa com informação e termina com atitude. O ronco não é apenas um ruído noturno — é um sinal de alerta do corpo.
Buscar diagnóstico, entender a causa e iniciar o tratamento adequado protege o coração, o cérebro, a qualidade do sono e também o relacionamento. Dormir bem é essencial para viver bem — e isso vale para quem ronca e para quem dorme ao lado.
Referências
Sleep Medicine Reviews – Pathophysiology of OSA
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32359921/
American Academy of Sleep Medicine (AASM)
https://aasm.org
National Institutes of Health (NIH) – Sleep Apnea
https://www.nhlbi.nih.gov/health-topics/sleep-apnea
Punjabi NM. “The Epidemiology of Adult Obstructive Sleep Apnea.”
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/18250205/
Peppard PE et al. “Sleep-Disordered Breathing and Cardiovascular Risk.”
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23589584/
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