Como gastar menos no dentista
Esta é uma das vantagens de quem vai regularmente a seu dentista. É uma maneira segura de se fazer economia, gastando pouco. A saúde bucal é como um automóvel ou uma casa. No automóvel, se ele faz um barulho e vamos ao mecânico no dia, por uns poucos reais o conserto está feito. Quando afrouxa uma peça e levamos até ele, novamente vamos gastar muito pouco. Se deixarmos, em alguns meses os defeitos irão se acumulando e estamos sujeitos a, de uma hora para outra, ficar parados na rua ou na estrada, sendo que isto equivale a um dente quebrado ou uns dias sem trabalhar por conta de uma dor de dente. Na casa é a mesma coisa. Se a louça é lavada a cada uso, a cozinha estará sempre bem limpa. Se arrumadas as camas diariamente, a casa estará sempre em ordem. Se nada disto for feito, em semanas, a bagunça será geral e, em alguns casos, não se terá nem motivação de olhar para ela, isto equivalendo àquela boca que a gente não gosta nem de ver, às vezes não dando nem para chegar perto, pelo mau hálito.
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O segredo é sermos economistas na saúde bucal. Não os economistas dos planos loucos, mas aqueles que decidem pôr as coisas em ordem e as mantêm, usufruindo depois da tranqüilidade e dos benefícios de uma economia estabilizada. É óbvio que, de quando em quando, precisamos fazer algumas correções e manutenções. Estas, quando feitas na hora certa, o bolso nem percebe, até porque, fazendo economia bucal, as despesas são bem menores. Uma boa maneira de fazê-lo é combinar, com seu dentista, e marcar sempre a próxima consulta, ainda que esta seja meio ou um ano depois, de acordo com o tipo de paciente que você é (quem é mais cuidadoso e eficiente na higiene bucal, só voltará um ano depois) e pedir para ele avisá-lo um ou dois dias antes desta consulta longínqua. Se sua família concordar, faça-o com toda ela, tendo um mês certo para tal, que pode ser o das suas férias, ou não.
A primeira vantagem deste tipo de procedimento é a economia de tempo, visto que os tratamentos longos demoram horas em cada consulta, dias e dias, meses para terminá-los. A segunda vantagem é que você nem sente tratando assim, porque neste caso, as coisas a serem feitas são pequenas e a maioria sem anestesia, por nada doerem. Só existe dor, em Odontologia, quando se desleixa e os problemas passam a ser graves. A terceira, quase desconsiderada, é a financeira. Desconsiderável se a compararmos com os altos custos dos tratamentos longos. Altos, porque envolvem muitas coisas para fazer de uma vez só.
Como última vantagem, a segurança que você tem, de nada vir a ter nos próximos seis meses, sendo esta a única maneira de um dentista poder efetivamente, garantir seu trabalho, pois, neste caso, ele estará contando com a sua participação na manutenção de sua saúde bucal.
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Não espere um problema aparecer, inclusive porque você não é dentista para identificá-lo. Marque uma consulta hoje mesmo e certifique-se do pouco que tem a fazer e o faça. A partir desta, já deixe a consulta do ano que vem marcada e nunca mais se preocupe com dor de dentes. Faça o mesmo com seus familiares. Motive-os e incentive-os, cobrando, se for o caso, que façam o mesmo. Contas altas com dentistas, nunca mais. Só manutenção. E lembre, assim procedendo, você diminui as chances de ter que recorrer a especialistas, pagando o preço por isto. Estes ficarão para os descuidados e para os casos complexos como correção dos dentes, implantes, tratamentos de gengivites, canais, dentes inclusos e disfunções da ATM, entre outros.
Por Antônio Inácio Ribeiro, extraído do livro “100 motivos para ir ao dentista”.
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